Odeio meu marido mais não largo.

terça-feira, 15 de setembro de 2015 0 comentários





Odeio meu marido mais não largo.

João tinha depressão, sujeito negativo...arg.... Maria não gostava que ele fosse assim, mesmo assim eles se casaram.
O casamento esfriou e lá veio a crise.
As constantes desistências de João frustravam Maria.
Por exemplo, combinavam ir ao cinema e João desistia. Maria ficava p....da vida e decepcionada.
A mágoa vinha junto, pois ela se sentia pouco amada.
O silêncio de João só aumentava a sensação de ser “deixada de lado”.
Não havia sintonia... por isto procuraram o psicólogo.
A esposa sentia raiva, sentia mágoa, e com isto gerava o rancor....é coisa pra dedeu....
Ficou um tanque de guerra e “menos romântica”.
Distância... ficou distante do marido, afetivamente e corporalmente.
Era assim que sofria menos.

Não queria mais sonhar, para não se frustrar.
Não queria mais desejar, para não se sentir sozinha.
Não queria mais ser a boba.
Ela estava virando uma insensível; estava indo para o reino do “tanto faz”....antes fosse para o reino do faz de conta...é mais divertido....
Tudo que era sentimento bom estava morrendo.

Mas, o rancor continuava lá, firme.

Ela já estava tão acostumada com ele que nem prestava atenção no sentimento que dominava sua vida.
E a distância que ela criou dava um ar de vingança contra o marido. Mulher adora isso....

Ele não me dá, eu não dou – estamos empatados.

Miséria de vida! Sem o positivo, lotado do negativo.
Ela fez suas escolhas pensando em se defender.
Acabou matando o positivo e incentivando o negativo.

Ele, o João, também queria se defender. Lembrando que o bicho já veio deprimido, mosca morta não tem sentimento.
“A vida é assim, fazer o que”? Diz ele.
“Fazer o que”? Repetia.
A terapia tinha que ajudar.

Primeiramente perceber o resultado: quando PRIORIZO me defender, permito que o negativo domine.
O resultado é ruim.
O que é nobre movimenta a vida; o que é negativo empobrece, paralisa e desvitaliza.
Perder o que é bom é péssima escolha.
É o caminho para perpetuar o rancor – raiva e mágoa curtida a cada minuto.

O rancor nos lembra da vida que não temos e que poderíamos ter.

O rancor é uma peça que pregamos contra nós mesmos, pois tão logo nos lembra do que não temos, iniciamos o auto-boicote para ter certeza de que nunca teremos.

O rancor nos machuca, pois não é fácil ficar se boicotando e delirar que está se protegendo. Bom, voltemos ao nobre casal...

Maria queria tudo diferente, queria dar uma última chance ao marido.
Somos cheios de última chance...
99% das vezes o rancor mantém o casamento de pé, paralisado, pobre e mesquinho. Mantém agonizante, mas mantém.

Lembre: sentimentos, assim como seres vivos, lutam para sobreviverem.

O amor faz tudo para se perpetuar, a infelicidade procura motivos para se manter, o ódio tenta ser sempre mais forte, e assim vai.
O rancor também vai lutar para se manter dominante – paralisando tudo e se nutrindo da insatisfação.
O rancor luta bravamente para ser o sentimento dominante e não abandonará sua luta. É a boa e velha vingança que todo mundo cedo ou tarde nutre....

Ao primeiro sinal de vida boa, ele ativa a angústia, o medo, a insegurança, a dúvida, a descrença, o egoísmo e, principalmente, a raiva e a mágoa.
É um arsenal de negativismo. Todos eles fortes, nutridos no dia-a-dia da vida pobre e supostamente protegida.

É uma luta desigual. Bons sentimentos esqueléticos lutando contra a gangue dos grandalhões da vida protegida e negativa.

A vida protegida é assim: sentimentos nobres são desprezados e os negativos cultivados, tudo em meio a um caldo de ilusões e delírios.

Na terapia aprenderam a experimentar a vida desprotegida (viver desprotegido é a função da vida conjugal).

“Sirva a quem te machuca”.
Onde você se sentir humilhado é onde você deve voluntariamente se humilhar.
O que o outro apontar que você não sabe fazer é o que você tem que aprender.
Quando você se afastar, faça a escolha de se aproximar. Chore, mas não fique distante”.
Desde que você não esteja casado com uma psicopata, a regra acima vale ouro.

Na terapia Maria e João superaram traumas pessoais, que foi de grande ajuda para o renascer da vida afetiva plena.

Ta mas eu não tenho a oportunidade da terapia, então tome uma decisão: “esta minha vida é difícil e pouco satisfatória. Seguirei para uma vida desprotegida, onde servirei a mim mesmo e à minha família com tudo de nobre que restou em mim”.  Acredite, essa turminha esta em frangalhos, pior que os Etíopes.
E tem mais, o grandalhão do rancor vai contra-atacar com mais sentimentos negativos e mais ilusões.

Você vencerá somente se permitir perder, se for bobo, se aceitar não ser recompensado e nem reconhecido nas primeiras batalhas da mudança.

Parece difícil, mas é mais lógico cultivar o exército dos bons sentimentos do que a gangue da negatividade.
Os resultados são melhores, mas é o tempo, a disciplina e a perseverança que vão consolidar esta vitória e isso leva tempo, afinal você alimentou bem os grandões e deixou em jejum absoluto a turminha do bem.

Você será inundado com a energia e bem-estar que somente os exércitos dos sentimentos nobres são capazes de te proporcionar.
Não há como uma pessoa com boa vibração e disciplinada para oferecer o que é nobre, não conseguir transformar sua vida pessoal. Estas habilidades colocam a vida em movimento, geram o novo e o amadurecimento.

E isso tudo que foi dito aqui serve não apenas para os casais, serve pra todo mundo e para tudo, mudar é preciso, chega de alimentar quem não te traz beneficio algum, já deu pra bola.


Beijo no coração

Adriane

(Texto sob inspiração)

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